quinta-feira, 16 de julho de 2009

19:19

Sabe, sempre abominei a indiferença, essa coisa do "dane-se, as coisas vão melhor quando tiverem que melhorar", nunca combinaram comigo, acho que nunca tive paciência para esperar as coisas se ajeitarem e sempre as ajeitava do meu jeito. Tudo ficava muito bonito e radiante por um tempo, mas nunca dava muito certo. Eu consegui me apegar a ele porque ele me lembrava muito você. E, ao mesmo tempo que ele me lembrava você, era como se ele me fizesse te esquecer um pouco. Mas como sempre não durou muito tempo, nunca dura. Mudei demais por ele. Acho que ele não gostava muito da nova. O fato é: querido, não dá. Eu já tentei de tudo, mas não tem como. Você é minha única ponte de encontro ao paraíso, e eu não quero atravessá-la, deixá-la, esquece-lá, abandoná-la, não quero ir de encontro com outra ponte, se é que outra ponte poderá me levar onde você me leva. Quero ficar na ponte, na nossa ponte, sentada, com os pés para fora, observando os dias passarem, passarem, passarem. Sentada com os pés pra fora observando os peixes nadarem, nadarem, nadarem. Estar com outra pessoa que não seja você me dá nojo, acredite, digo porque sei, acabei de descobrir. Aconteceu o que eu mais temia: você me conquistou por completo. Sua sorte é que o Pequeno Príncipe estava errado quando disse que somos responsáveis por quem cativamos.

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